terça-feira, 2 de julho de 2013

Avaliação em foco!!!!


Avaliação e Currículo

Nossa última aula da disciplina Tendências Curriculares Contemporâneas foi realizada no dia 21/06/2013. Em tal aula discutimos sobre avaliação e currículo.
Primeiramente relembramos que currículo é caracterizado pela a construção e seleção de conteúdo, por práticas produzidas em contextos concretos e em dinâmica sociais, bem como, é temporal e espacialmente organizado em cada contexto social.
Em seguida partimos para o segundo tema a avaliação que é uma das atividades do processo pedagógico. A avaliação sofre influência e influencia o currículo. Quando avaliamos estamos selecionando os conhecimentos organizados no currículo que entendemos serem importante. Diante disso, o que priorizamos na avaliação determina as competências e conhecimentos do currículo.
Além disso, foi destacado, em aula, que a avaliação não deve ser entendida como um método para quantificar ou medir o aprendizado do aluno. E sim, compreender que avaliar supõe futuro, no qual o aluno tem potencialidades que podem ser atingidas.
Nesse sentido, podemos combinar duas formas de avaliar, a avaliação formativa (que orienta o aluno durante o processo de ensino-aprendizagem) e a somativa (que acontece no final do processo e aprecia apenas com o resultado) para que possamos obter informações mais completas sobre o aprendizado e as potencialidades do aluno.  

Diante dessas considerações, percebemos que devemos ser bastante criteriosos durante o processo de avaliação, pois ela pode gerar a exclusão ou reforça-lá.  Assim, a avaliação deve ser muito bem esquematizada, refletida e coerente ao tipo linguagem, conteúdo e objetivos. 

Currículo, cultura e sociedade

Tipo: Livro
Assunto / tema: Teoria de Currículo
Referência bibliográfica: MOREIRA, A.F.B.; TADEU, T.  Currículo, cultura e sociedade. São Paulo: Editora Cortez, 2011. Cap 1, p. 7-35
Resumo / conteúdo de interesse:
Este capítulo inicia-se discorrendo que o currículo não é neutro, mas historicamente datado, com relações de poder e produzindo identidades individuais e sociais. Diante disso, o autor segue o mesmo apresentando o desenvolvimento e a emergência dos estudos sobre o currículo. Moreira relata que o desenvolvimento e a emergência de tais estudos iniciaram no final do século XIX nos Estados Unidos devido à necessidade de controlar, racionalizar e sistematizar o processo educativo escolar. No século XX diante dos acontecimentos sociais e políticos surge uma nova ideologia sobre o assunto. Tal ideologia era pautada nos núcleos de cooperação e especialização. Assim, o currículo se tornou um instrumento de controle social, pois seria responsável em inculcar valores, condutas e hábitos adequados para situação econômica da época. Tendo, diante disso, características de ordem, eficiência e racionalidade. No entanto, segundo o autor, o currículo não pode ser considerado monolítico, pois podem ser identificadas duas tendências. A primeira delas é voltada para a valorização dos interesses dos alunos, defendida pelos trabalhos de Dewey e Kilpatrick. Tal tendência influenciou o desenvolvimento do chamado escolanovismo no Brasil. Já a segunda visava à construção de um currículo que desenvolvesse aspectos desejáveis da personalidade humana, sendo representada por Bobbitt e fonte do que foi denominado tecnicismo no Brasil. Essas duas tendências vigoram do final dos anos vintes até o final dos anos sessenta. A derrota na corrida espacial fez com que surgisse uma necessidade de reestruturar a suposta qualidade da escola, para isso foi dada uma ênfase na estrutura. Essa teoria foi amplamente criticada, pois gerou uma contracultura que enfatizava prazeres sexuais, uso de drogas, entre outros. Com Nixon, houve o retorno dos valores anteriores, resumindo-se em ideias tradicionais que defendiam a eficaz da escola, as ideias humanistas que pregavam a libertada na escola e ideias utópicas que sugeriam a o fim da escola. Para tanto, era necessário buscar apoio nas teorias sociais desenvolvidas principalmente na Europa. Com isso, duas grandes correntes se desenvolveram uma fundamentada no neomarxismo e na teoria crítica (Apple e Giroux) e a outra associada à tradição humanista e hermenêutica (Pinar). Como consequências do estabelecimento dessas correntes não houve mais a supervalorização do planejamento, implementação e controle de currículos. A pesquisa educacional deixou de ser unicamente quantitativa, passando a se preocupar com questões qualitativas como, sua preocupação em entender para quem o currículo trabalha e como fazê-lo trabalhar a favor dos grupos oprimidos. Também, não se enfatizava os objetivos comportamentais e sim as análises das relações entre o currículo e sociedade, poder, ideologia e controle social. Vale ressaltar, que todas essas relações estão intimamente ligadas e são tratadas no livro detalhadamente. Vale a pena ler!!!

Citações:
“A ideologia é um dos meios pelos quais a linguagem constitui, produz, o mundo social de uma certa forma.” (p.24).

“O currículo é, assim, um terreno de produção e de política cultural, no qual os materiais existentes funcionam como matéria-prima de criação, recriação e, sobretudo, de contestação e transgressão.” (p. 28).

“Na visão crítica, o poder se manifesta através das linhas divisórias que separam os diferentes grupos sociais em termos de classe, etnia, gênero, etc. Essas divisões constituem tanto a origem quanto o resultado de relações de poder. É nessa perspectiva que o currículo está centralmente envolvido em relações de poder.” (p. 29)

[...] Enquanto não levarmos a sério a intensidade do envolvimento da educação com o mundo real das alternantes e desiguais relações de poder, estaremos vivendo em um mundo divorciado da realidade. As teorias diretrizes e práticas envolvidas na educação não são técnicas. São intrinsecamente éticas e políticas. (p.41) 

Considerações do pesquisador:
Este livro apresenta as ideias centrais do desenvolvimento e emergência do currículo. Assim, é uma  fonte para embasar as discussões sobre currículo, pois trata principalmente das relações entre currículo e poder, cultura, ideologia.

Indicação da obra: A todas as pessoas interessadas em currículo. 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Documento da Unesco

Acessem o link http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001922/192271por.pdf e fiquem por dentro da proposta para Ensino Médio!  

As escolas de hoje limitam a criatividade infantil?


Nesse vídeo Severino Antonio e Katia Tavares falam sobre a modelagem dos alunos que são realizadas nas escolas atualmente. O modelo objetivado pelas escolas é a de um aluno passivo, obediente, que não questiona nada. O currículo é o meio que podemos utilizar para quebrar esse modelo. Vamos assistir ao vídeo? 

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