Este Blog objetiva trazer algumas reflexões realizadas na disciplina "Tendências Contemporâneas de Currículo".
terça-feira, 2 de julho de 2013
Avaliação e Currículo
Nossa última aula da
disciplina Tendências Curriculares Contemporâneas foi realizada no dia 21/06/2013.
Em tal aula discutimos sobre avaliação e currículo.
Primeiramente
relembramos que currículo é caracterizado pela a construção e seleção de
conteúdo, por práticas produzidas em contextos concretos e em dinâmica sociais,
bem como, é temporal e espacialmente organizado em cada contexto social.
Em seguida partimos
para o segundo tema a avaliação que é uma das atividades do processo
pedagógico. A avaliação sofre influência e influencia o currículo. Quando
avaliamos estamos selecionando os conhecimentos organizados no currículo que
entendemos serem importante. Diante disso, o que priorizamos na avaliação
determina as competências e conhecimentos do currículo.
Além disso, foi
destacado, em aula, que a avaliação não deve ser entendida como um método para
quantificar ou medir o aprendizado do aluno. E sim, compreender que avaliar
supõe futuro, no qual o aluno tem potencialidades que podem ser atingidas.
Nesse sentido, podemos
combinar duas formas de avaliar, a avaliação formativa (que orienta o aluno durante
o processo de ensino-aprendizagem) e a somativa (que acontece no final do
processo e aprecia apenas com o resultado) para que possamos obter informações
mais completas sobre o aprendizado e as potencialidades do aluno.
Diante dessas
considerações, percebemos que devemos ser bastante criteriosos durante o
processo de avaliação, pois ela pode gerar a exclusão ou reforça-lá. Assim, a avaliação deve ser muito bem esquematizada,
refletida e coerente ao tipo linguagem, conteúdo e objetivos.
Currículo, cultura e sociedade
Tipo: Livro
Assunto / tema: Teoria de Currículo
Referência bibliográfica: MOREIRA,
A.F.B.; TADEU, T. Currículo, cultura e sociedade. São Paulo:
Editora Cortez, 2011. Cap 1, p. 7-35
Resumo / conteúdo de interesse:
Este capítulo inicia-se discorrendo que
o currículo não é neutro, mas historicamente datado, com relações de poder e
produzindo identidades individuais e sociais. Diante disso, o autor segue o
mesmo apresentando o desenvolvimento e a emergência dos estudos sobre o
currículo. Moreira relata que o desenvolvimento e a emergência de tais estudos
iniciaram no final do século XIX nos Estados Unidos devido à necessidade de
controlar, racionalizar e sistematizar o processo educativo escolar. No século
XX diante dos acontecimentos sociais e políticos surge uma nova ideologia sobre
o assunto. Tal ideologia era pautada nos núcleos de cooperação e
especialização. Assim, o currículo se tornou um instrumento de controle social,
pois seria responsável em inculcar valores, condutas e hábitos adequados para
situação econômica da época. Tendo, diante disso, características de ordem,
eficiência e racionalidade. No entanto, segundo o autor, o currículo não pode
ser considerado monolítico, pois podem ser identificadas duas tendências. A
primeira delas é voltada para a valorização dos interesses dos alunos,
defendida pelos trabalhos de Dewey e Kilpatrick. Tal tendência influenciou o
desenvolvimento do chamado escolanovismo no Brasil. Já a segunda visava à
construção de um currículo que desenvolvesse aspectos desejáveis da
personalidade humana, sendo representada por Bobbitt e fonte do que foi
denominado tecnicismo no Brasil. Essas duas tendências vigoram do final dos
anos vintes até o final dos anos sessenta. A derrota na corrida espacial fez
com que surgisse uma necessidade de reestruturar a suposta qualidade da escola,
para isso foi dada uma ênfase na estrutura. Essa teoria foi amplamente
criticada, pois gerou uma contracultura que enfatizava prazeres sexuais, uso de
drogas, entre outros. Com Nixon, houve o retorno dos valores anteriores, resumindo-se
em ideias tradicionais que defendiam a eficaz da escola, as ideias humanistas
que pregavam a libertada na escola e ideias utópicas que sugeriam a o fim da
escola. Para tanto, era necessário buscar apoio nas teorias sociais
desenvolvidas principalmente na Europa. Com isso, duas grandes correntes se desenvolveram
uma fundamentada no neomarxismo e na teoria crítica (Apple e Giroux) e a outra
associada à tradição humanista e hermenêutica (Pinar). Como consequências do
estabelecimento dessas correntes não houve mais a supervalorização do
planejamento, implementação e controle de currículos. A pesquisa educacional deixou
de ser unicamente quantitativa, passando a se preocupar com questões
qualitativas como, sua preocupação em entender para quem o currículo trabalha e
como fazê-lo trabalhar a favor dos grupos oprimidos. Também, não se enfatizava
os objetivos comportamentais e sim as análises das relações entre o currículo e
sociedade, poder, ideologia e controle social. Vale ressaltar, que todas essas
relações estão intimamente ligadas e são tratadas no livro detalhadamente. Vale
a pena ler!!!
Citações:
“A ideologia é um dos meios pelos quais
a linguagem constitui, produz, o mundo social de uma certa forma.” (p.24).
“O currículo é, assim, um terreno de
produção e de política cultural, no qual os materiais existentes funcionam como
matéria-prima de criação, recriação e, sobretudo, de contestação e
transgressão.” (p. 28).
“Na visão crítica, o poder se manifesta
através das linhas divisórias que separam os diferentes grupos sociais em
termos de classe, etnia, gênero, etc. Essas divisões constituem tanto a origem
quanto o resultado de relações de poder. É nessa perspectiva que o currículo
está centralmente envolvido em relações de poder.” (p. 29)
[...] Enquanto não levarmos a sério a
intensidade do envolvimento da educação com o mundo real das alternantes e
desiguais relações de poder, estaremos vivendo em um mundo divorciado da
realidade. As teorias diretrizes e práticas envolvidas na educação não são
técnicas. São intrinsecamente éticas e políticas. (p.41)
Considerações do pesquisador:
Este livro apresenta as ideias centrais
do desenvolvimento e emergência do currículo. Assim, é uma fonte para embasar as discussões sobre currículo,
pois trata principalmente das relações entre currículo e poder, cultura,
ideologia.
Indicação da obra: A todas as pessoas
interessadas em currículo.
terça-feira, 18 de junho de 2013
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Documento da Unesco
Acessem o link http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001922/192271por.pdf e fiquem por dentro da proposta para
Ensino Médio!
As escolas de hoje limitam a criatividade infantil?
Nesse
vídeo Severino Antonio e Katia Tavares falam sobre a modelagem dos alunos que
são realizadas nas escolas atualmente. O modelo objetivado pelas escolas é a de
um aluno passivo, obediente, que não questiona nada. O currículo é o meio que
podemos utilizar para quebrar esse modelo. Vamos assistir ao vídeo?
terça-feira, 4 de junho de 2013
Currículo & Trabalho & Conhecimento
Esse texto visa
apresentar algumas ideias sobre a relação entre currículo, trabalho e
conhecimento. Assumo que me sinto pouco a vontade em escrever sobre este tema,
pois acredito que preciso de mais conhecimento sobre essa relação. Mas, vamos
lá!
Atualmente há uma
mobilização do governo para que o ensino médio se torne profissionalizante, ou
seja, que seu “currículo” (matriz curricular), também, seja voltado para a
formação de profissionais. Pois, é entendido que o trabalho é inerente ao ser
humano para que, assim, possa atuar sobre a sua realidade. Em síntese, ao meu
ver, o aluno sairia do ensino médio pronto para o mercado de trabalho.
No entanto, me questiono se esse “currículo” vai
oferecer a mesma oportunidade aos alunos que gostariam de ingressar em um curso
superior, ou estes terão que migrar para escola particular para poderem alcançar
seu objetivo. Pelo fato de determinados conteúdo acabarem sendo privilegiados
em detrimento de outros. Será que ao optar por uma formação pautada no
trabalho, não caiamos no entendimento que o conhecimento necessário é só aquele
que é utilizado na prática.
Mas tudo isso citado no
parágrafo anterior já não acontece em nossas escolas? Até onde eu conheço sim! Então
o “currículo” vai ser sempre exclusório, privilegiando o que os poderosos
entendem ser interessante para a camada popular saber?
Entendo que nesse ponto
entra o papel do professor, com toda a sua reflexão sobre essas propostas, sua resistência
aos aspectos que discorda, com sua vontade de oferecer aos seus alunos igualdade
de oportunidade e meios para que eles alcancem seus objetivos, seja para trabalhar
após o ensino básico ou o ingresso em um curso superior. Assim, a prática
docente em sala de aula é de suma importância!
Entretanto, não podemos
endeusar a profissão de professor, pois ele precisa do apoio da direção
escolar, do governo, dos pais de alunos e condições de trabalho digna, como uma
infraestrutura escolar adequada, material, entre outros, para realizar seu
trabalho com eficiência.
Diante de todas essas
considerações, tornar-se mais difícil prever o que irá acontecer com o currículo,
trabalho e conhecimento ao serem entrelaçados. Espero que essa proposta venha
contribuir com o trabalho do professor e com uma formação que possibilite o
aluno a escolher seu caminho.
O link a seguir traz a
proposta do governo para uma educação profissionalizante: http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/documento_base.pdf.
OBS.: Não sei se esse arquivo é atual,
pode ter outros mais recentes.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Quem defende o PCN para o Ensino Médio?
Esse fichamento foi realizado por mim e minha colega Pollyanna!!
Tipo: artigo
Assunto / tema: Educação
Referência bibliográfica: LOPES, A. C.
Quem defende o PCN para o Ensino Médio? In: LOPES, A. C.; MACEDO, E. (Org.).
Políticas de Currículo em múltiplos
contextos. São Paulo: Cortez, 2006 (Série Cultura, Memória e Currículo,
vol.7). p. 126-157.
Resumo / conteúdo de interesse:
A
autora inicia esse texto discutindo sobre os projetos de currículo nacional que
foram desenvolvidos em vários países, dentre eles, a Inglaterra, Nova Zelândia,
Austrália e Espanha (esse último influenciou diretamente a reforma educacional
brasileira), Brasil. O texto apresenta uma crítica sobre o currículo nacional,
pois as reformas curriculares impuseram a seleção de uma cultura comum e um
conjunto de ações vinculadas às necessidades do mercado produtivo. Também, são
expostas as ideias de Michael Apple e Gimeno Sacristan, na qual defendem que reforma
deveria produzir emancipação das pessoas.
Além disso, a autora destaca que mesmo havendo um projeto de currículo
global, as políticas que se voltam para tal aspecto tiveram que considerar as
concepções locais, gerando uma heterogeneidade de orientações curriculares nos
diferentes países. A heterogeneidade é uma das marcas do processo, no entanto,
ainda busca-se um consenso sobre a finalidade e os interesses que deveram ser utilizado
como forma de ampliar a regulação da cultura. Nesse sentido, Lopes enfatiza tal
regulação da cultura são desejáveis pelas ações governamentais, que consideram essencial
para a produção do currículo nas escolas. Ainda, assim, existem varias
interpretações práticas de tais políticas, gerando uma pluralidade de leitura. O
currículo nacional permanece porque há um interesse de uma comunidade
epistêmica, formada por pessoas que são entendidas do assunto. Em políticas de
currículo essa comunidade é formada por consultores internacionais, políticos,
empresários, administradores, produtores de livros que têm uma visão da
globalização e das necessidades da sociedade e as tendências do mercado de
trabalho. Há interesses por parte dessa comunidade em manter ou modificar o
currículo e eles têm poder de favorecer determinados cursos, concepções, visões
de mundo, critérios de avaliação, crenças e projetos políticos para solucionar
problemas vivenciados socialmente. Eles promovem debates de diversos gêneros e
depois divulgam os resultados. É o caso do “Relatório Delors”, produzido pela
UNESCO. Pensando em globalização, há uma possibilidade do Mercosul integrar as
propostas curriculares. Mas, é necessário entender que as políticas não se
desenvolvem da mesma maneira em diferentes países. Portanto, as soluções
encontradas são e serão diferentes.
Citações:
1. “Definir
uma cultura como comum é pretender uma homogeneidade que mascara e silencia as
diferenças.” (p.138).
2. “Optar
por uma organização curricular e uma seleção de conteúdos, por maior que seja o
debate em torno de sua definição, é pressupor que existe apenas um caminho ou
que há um caminho melhor, consensual, para as lutas políticas em torno da
produção de significados e de sentidos nas práticas sociais.” (p.140).
3. “No
caso particular das políticas de currículo os integrante de uma comunidade
epistêmica global são consultores internacionais atuante nos governos e/ou nas
agencias de fomento, produtores de livros e documentos que analisam a situação
educacional dos países e propõem soluções, empresários que discutem questões
relativas aos conhecimentos da escola.” (p. 145).
4. “(...)
readequação desse nível de ensino ao mercado de trabalho (...).” (p.146)
5. “(...)
as políticas não se desenvolvem da mesma maneira em diferentes países (...)”.
(p. 147)
Considerações do pesquisador:
Nós
entendemos como ponto principal nesse texto a imutabilidade do currículo quanto
à finalidade de formar os cidadãos para o mercado de trabalho. Contrariando a proposta
de unificação dos currículos que possui finalidade e objetivos distintos do
apresentado acima. Esta proposta visa (pelo menos no papel) uma formação
holística dos alunos. Além disso, gostaríamos de destacar que há uma
preocupação com as políticas educacionais no mundo globalizado, procurando
integração dos currículos de diversos países. No entanto, não é considerada a
individualidade cultural, gerando uma interpretação e execução do currículo
diferente em cada local.
Indicação da obra: Pesquisadores e
estudante de Propostas curriculares.
Muitas reflexões com um simples bolo!!
Time
is honey
Poucas
coisas neste mundo são mais tristes do que um bolo industrializado. Ali no
supermercado, diante da embalagem plástica histericamente colorida, suspiro e
penso: estamos perdidos. Bolo industrializado é como amor de prostituta, feliz
natal de caixa automático, bom dia da Blockbuster. É um anti-bolo. Não
discuto aqui o gosto, a textura, a qualidade ou abundância do recheio de
baunilha, chocolate ou qualquer outro sabor. (O capitalismo, quando se mete a
fazer alguma coisa, faz muito bem feito). O problema não é de paladar, meu
caro, é uma questão de princípios. Acredito que o mercado de fato melhore
muitas coisas. Podem privatizar a telefonia, as estradas, as siderúrgicas. Mas
não toquem no bolo! Ele não precisa de eficiência. Ele é o exemplo, talvez anacrônico,
de um tempo que não é dinheiro. Um tempo íntimo, vagaroso, inútil, em que um
momento pode ser vivido no presente, pelo que ele tem ali, e não como meio
para, com o objetivo de. Engana-se quem pensa que o bolo é um alimento. Nada
disso. Alimento é carboidrato, é proteína, é vitamina, é o que a gente come
para continuar em pé, para ir trabalhar e pagar as contas. Bolo não. É uma
demonstração de carinho de uma pessoa a outra. É um mimo de avó. Um
acontecimento inesperado que irrompe no meio da tarde, alardeando seu cheiro do
forno para a casa, da casa para a rua e da rua para o mundo. É o que a gente
come só para matar a vontade, para ficar feliz, é um elogio ao supérfluo, à
graça, à alegria de estarmos vivos. A minha geração talvez seja a primeira que
pôde crescer e tornar-se adulto sem saber fritar um bife. O mercado (tanto com
m maiúsculo como minúsculo) nos oferece saladas lavadas, pratos congelados,
comida desidratada, self-services e deliverys. Cortar, refogar, assar e fritar
são verbos pretéritos. Se você acha que é tudo bem, o problema é seu. Eu vou
espernear o quanto puder. Se entregarmos até o bolo aos códigos de barras,
estaremos abrindo mão de vez da autonomia, da liberdade, do que temos de mais
profundamente humano. Porque o próximo passo será privatizar as avós, estatizar
a poesia, plastificar o amor, desidratar o mar e diagramar as nuvens.
Tô
fora.
(Antonio
Prata)
Algumas considerações sobre o livro "Pedagogia da Autonomia"
Tipo: Livro
Assunto / tema: Educação
Assunto / tema: Educação
Referência bibliográfica: FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes
Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
Resumo / conteúdo de
interesse:
O
livro é dividido em três capítulos. O primeiro deles, intitulado “Não há
docência sem discência”, é dedicado a criticar o ensino na forma tradicional,
ou seja, um ensino com alunos passivos, sem conhecimentos anteriores, com
professores autoritários que não incentivam a criatividade e a crítica, entre
outros aspectos. Assim, Freire aponta nesse capítulo que a pedagogia adotada
pelo docente deve ser pautada na ética, no respeito, na dignidade e na
autonomia do educando. O segundo
capítulo, “Ensinar não é transferir conhecimento”,
vêm reforçar os aspectos da prática do professor, dizendo que o ato de ensinar
não se resume em transferir conhecimentos aos alunos, mas em criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Esta maneira de compreender o ato de ensinar,
segundo freire, é uma postura exigente, difícil, que temos de assumir diante
dos outros e com os outros, com relação ao mundo e aos fatos, diante nós
mesmos. Tendo no pensamento que as pessoas, em especial, os educandos não são
tabuas rasas a serem preenchidas. O último tema, “Ensinar é uma especificidade
humana”, relata sobre a autoridade e segurança. Segurança esta que é condicionada pelas atitudes do
professor que deve buscar sua preparação, com relação aos conteúdos, para a
aula. O respeito deve permear
as relações existentes em sala de aula assim como a generosidade, humildade e
justiça. A arrogância e o mandonismo devem ser excluídos da prática docente já
que em nada contribuem. A autoridade
coerentemente democrática dá espaço a ética e a liberdade. Sua prática
contribui para a construção da autonomia do educando.
Citações:
1. “O educador democrático não pode
negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do
educando, sua curiosidade, sua insubmissão.” (Pág. 14).
2.
“Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mais criar as possibilidades
para a sua própria produção ou a sua construção.” (Pág. 27).
3.
O que quero dizer é o seguinte: Não devo pensar apenas sobre os conteúdos
programáticos que vem sendo exposto ou discutido pelos professores das
diferentes disciplinas, mas, o mesmo tempo, a maneira mais aberta, dialógica,
ou mais fechada, autoritária, com que este ou aquele professor ensina. (Pág.
55).
4.
O que quero dizer é que a incompetência profissional desqualifica a autoridade
do professor. (Pág. 56).
5.
“Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância e
se não supero permanentemente a minha.” (Pág. 59).
Considerações do
pesquisador:
Essa
obra aborda a educação como um todo, trazendo a tona questões relativas à Autonomia
do educando, Dialogicidade, a Curiosidade epistemológica, Autoridade,
Consciência crítica, Mediação. Refletir sobre esses conceitos, possibilita uma práxis
que busque entender o aluno como agente ativo da construção do conhecimento adquirido!
Indicação da obra: Professores, Alunos de
Licenciatura e Pesquisadores.
Que obra de arte!!!
Desenho foi confeccionado pela
nossa colega Glenia, com base em nossos desenhos realizados na disciplina
Tendências Contemporâneas do Currículo ministrada pela Professora Rita Stano.
Resumo do que foi discutido em aula.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Comparações sobre a pipoca e o currículo
Quando me deparei com o
texto “A pipoca” de Rubens Alves realizei varias reflexões, mas aqui restringirei
a apresentar algumas considerações com relação ao currículo.
Entendo que o currículo
seria a transformação do milho em pipoca. Pelo fato do mesmo estar sempre em
modificação, dependo dos interesses da época que está inserido, ou seja, do
fogo!! O currículo já se modificou muito, tendo na maioria das vezes como o “fogo”
os interesses e modelos econômicos, como no caso do neo-liberalismo.
Além disso, nós os
professores podemos ser o fogo na mudança do currículo que nos é apresentado (muitas
vezes imposto). Essa mudança acontece quando colocamos em prática os atos
curriculares. Quando trabalhamos os conteúdos
com alegria, competência, paciência, metodologias que possibilitam o aprendizado
dos alunos, bem como, quando somos estimuladores de nossos colegas de profissão
que ainda são milhos.
No entanto, quando nós,
os professores, recuamos nossa práxis, nossa possibilidade de fazer diferente
no currículo, estamos nos comportando como piruás, que se recusam a estourar e
continuam na mesmice sem fazermos a diferença.
Assim, encerro minhas
considerações ressaltando um trecho do texto para que possamos pensar se queremos
ser pipocas ou piruás para o currículo:
O destino delas (os piruás) é
triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca
macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca,
no fundo a panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o
lixo. Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças
e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Um único currículo???
Dando
continuidade a esse diário venho contar alguns apontamentos realizados na aula do
dia 05/04/2013. Esta aula foi dedicada à apresentação dos textos: “Há
polissemia?” de Roberto Sidnei Macedo e “Entre o mito do ‘bom
selvagem’ e o processo da Educação racional, na interligação do currículo com
as finalidades educativas” do autor Lino Moreira da Silva. Vale ressaltar, que
ambos os textos deveriam ser relacionado com o vídeo “Os perigos de uma
história única” da historiadora Chimamanda Adichie.
O
primeiro texto foi apresentado pelas colegas Rosana e Gleina, que colocaram em
discussão a exclusão das minorias, em especial, os portadores de alguma deficiência.
Tal exclusão está muitas vezes relacionada com a proposta de um currículo único.
Com
essa conversa em sala e o vídeo em mente refleti a respeito dos problemas que
existem em possuir uma única visão sobre qualquer aspecto, em particular, sobre
um único currículo. Principalmente, porque somos todos diferentes, com
especificidades distintas. E também como Chimamanda Adichie em seu vídeo diz: “A única história cria
estereótipos e o problema com estereótipos não é que eles sejam mentira, mas
que eles sejam incompletos.”.
Já o
segundo texto foi discutido pelos colegas Lourdes, Dessano e
Pollyanna. E continuando a discussão anterior, apresentaram a importante dos
atos curriculares diante desse contexto de unificação do currículo. Pois, são
nos atos curriculares que conseguiríamos trabalhar as diferenças dos nossos
alunos. Por outro lado, os atos curriculares correm o risco de também contar
uma histórica única, uma vez que é constituído pelas nossas concepções.
Assim, encerro me questionando sobre até que ponto as diferenças devem
ser ressaltadas no currículo. Opss...
vale ressaltar que para ter acesso as resenhas dos textos entrem nos links:
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Conversa sobre currículo
Quando fizemos a leitura do texto proposto “Começando uma conversa sobre
currículo” de Moreira e
Garcia ficamos
a refletir qual seria a melhor forma de se pensar sobre currículo. Uma vez que
se pensássemos nele como algo extenso e abrangente poderíamos cometer o erro de
não sabermos o que de fato estamos tratando, no entanto, se pensarmos nele de
maneira estrita corremos o risco de nos especificarmos demais em uma
determinada área em detrimento de outras. Seja qual fosse a opção escolhida
parecia não haver uma decisão acertada, uma vez que para ser específico é
preciso, a priori, conhecer o geral, ter uma visão ampla. E, para se ter uma
visão geral é preciso saber especificidades.
No entanto, quando assistimos a belíssima
história que Chimamanda
Adichie nos traz sobre suas experiências de vida,
sobre como é extremamente perigoso conhecermos apenas uma história de uma
determinada pessoa ou assunto, ficamos a nos perguntar.... Como sermos geral
sem sermos superficiais? Como sermos específicos sem sermos caricaturistas?
Como falar das partes sem conhecer o todo? Como conhecer o todo sem se perder?
Como dizer o que deve ser feito sem ao menos ter vivido, nem em parte? Enfim,
são muitos os questionamentos que se mostram e quase nenhuma resposta.
Há ainda de se refletir o poder embutido nessas relações, pois quando rotulamos
um povo, um aluno, um país, uma raça ou até mesmo uma disciplina estamos
delegando à ela poder ou não. Estamos hierarquizando. Estamos tolhendo
oportunidades ou proporcionando-as. Estamos escolhendo! Estamos
“curriculando”.....
Chegamos ao término dessa reflexão com a sensação de termos acabado de ler o
belíssimo texto de Cecília Meireles “Ou Isto Ou Aquilo” e, ao impasse que se
apresenta nada mais nos resta do que buscarmos concepções contemporâneas de
currículo.
sexta-feira, 22 de março de 2013
Alguns aspectos do Currículo
Inicio esse
diário com o relato da primeira aula da disciplina
Tendências Contemporânea de Currículo. Tal aula aconteceu no dia
15/03/2013, sendo trabalhado o texto intitulado Nasce os "estudos sobre
currículo": as teorias tradicionais.
Para começarmos
as discussões em sala a professora nos questionou sobre o que
seria currículo. Através, desse questionamento algumas palavras sugiram
para relatar o que eu e meus colegas pensávamos sobre o assunto,
como, conhecimento, domínio de um assunto, entendimento do funcionamento,
agregar informações novas, reconhecer, associar, memorizar, construir
significados, valores.
No entanto, essa
ideia de currículo apresentado estava muito centrada
no conteúdo programático, desconsiderando muitas vezes o que está
oculto nas escolhas desses conteúdos, bem como, os demais aspectos que
fazem parte das vivências escolares. Além disso, sem pensar nas várias formas
existentes de conhecimento, como o mitológico, filosófico, senso-comum, artístico,
religioso e científico.
Por conta disso,
a aula foi conduzida de tal forma que pudéssemos compreender
o currículo como uma trajetória, um caminho, uma errância, que
possui dimensões políticas, epistêmicas, histórias, culturais e econômicas. E
compreende-lo dessa forma é considerar todas as atividades que são organizadas,
envolvidas e desenvolvidas com objetivo de proporcionar uma formação, sendo
elas ocultas ou não (atos curriculares). Para tanto, se torna necessário uma
prática que seja acompanhada da reflexão, que é práxis, para que consigamos
alcançar os objetivos do currículo.
Assim, se
encerra essa aula que me trouxe muitos questionamentos e dúvidas.
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