terça-feira, 2 de julho de 2013

Avaliação em foco!!!!


Avaliação e Currículo

Nossa última aula da disciplina Tendências Curriculares Contemporâneas foi realizada no dia 21/06/2013. Em tal aula discutimos sobre avaliação e currículo.
Primeiramente relembramos que currículo é caracterizado pela a construção e seleção de conteúdo, por práticas produzidas em contextos concretos e em dinâmica sociais, bem como, é temporal e espacialmente organizado em cada contexto social.
Em seguida partimos para o segundo tema a avaliação que é uma das atividades do processo pedagógico. A avaliação sofre influência e influencia o currículo. Quando avaliamos estamos selecionando os conhecimentos organizados no currículo que entendemos serem importante. Diante disso, o que priorizamos na avaliação determina as competências e conhecimentos do currículo.
Além disso, foi destacado, em aula, que a avaliação não deve ser entendida como um método para quantificar ou medir o aprendizado do aluno. E sim, compreender que avaliar supõe futuro, no qual o aluno tem potencialidades que podem ser atingidas.
Nesse sentido, podemos combinar duas formas de avaliar, a avaliação formativa (que orienta o aluno durante o processo de ensino-aprendizagem) e a somativa (que acontece no final do processo e aprecia apenas com o resultado) para que possamos obter informações mais completas sobre o aprendizado e as potencialidades do aluno.  

Diante dessas considerações, percebemos que devemos ser bastante criteriosos durante o processo de avaliação, pois ela pode gerar a exclusão ou reforça-lá.  Assim, a avaliação deve ser muito bem esquematizada, refletida e coerente ao tipo linguagem, conteúdo e objetivos. 

Currículo, cultura e sociedade

Tipo: Livro
Assunto / tema: Teoria de Currículo
Referência bibliográfica: MOREIRA, A.F.B.; TADEU, T.  Currículo, cultura e sociedade. São Paulo: Editora Cortez, 2011. Cap 1, p. 7-35
Resumo / conteúdo de interesse:
Este capítulo inicia-se discorrendo que o currículo não é neutro, mas historicamente datado, com relações de poder e produzindo identidades individuais e sociais. Diante disso, o autor segue o mesmo apresentando o desenvolvimento e a emergência dos estudos sobre o currículo. Moreira relata que o desenvolvimento e a emergência de tais estudos iniciaram no final do século XIX nos Estados Unidos devido à necessidade de controlar, racionalizar e sistematizar o processo educativo escolar. No século XX diante dos acontecimentos sociais e políticos surge uma nova ideologia sobre o assunto. Tal ideologia era pautada nos núcleos de cooperação e especialização. Assim, o currículo se tornou um instrumento de controle social, pois seria responsável em inculcar valores, condutas e hábitos adequados para situação econômica da época. Tendo, diante disso, características de ordem, eficiência e racionalidade. No entanto, segundo o autor, o currículo não pode ser considerado monolítico, pois podem ser identificadas duas tendências. A primeira delas é voltada para a valorização dos interesses dos alunos, defendida pelos trabalhos de Dewey e Kilpatrick. Tal tendência influenciou o desenvolvimento do chamado escolanovismo no Brasil. Já a segunda visava à construção de um currículo que desenvolvesse aspectos desejáveis da personalidade humana, sendo representada por Bobbitt e fonte do que foi denominado tecnicismo no Brasil. Essas duas tendências vigoram do final dos anos vintes até o final dos anos sessenta. A derrota na corrida espacial fez com que surgisse uma necessidade de reestruturar a suposta qualidade da escola, para isso foi dada uma ênfase na estrutura. Essa teoria foi amplamente criticada, pois gerou uma contracultura que enfatizava prazeres sexuais, uso de drogas, entre outros. Com Nixon, houve o retorno dos valores anteriores, resumindo-se em ideias tradicionais que defendiam a eficaz da escola, as ideias humanistas que pregavam a libertada na escola e ideias utópicas que sugeriam a o fim da escola. Para tanto, era necessário buscar apoio nas teorias sociais desenvolvidas principalmente na Europa. Com isso, duas grandes correntes se desenvolveram uma fundamentada no neomarxismo e na teoria crítica (Apple e Giroux) e a outra associada à tradição humanista e hermenêutica (Pinar). Como consequências do estabelecimento dessas correntes não houve mais a supervalorização do planejamento, implementação e controle de currículos. A pesquisa educacional deixou de ser unicamente quantitativa, passando a se preocupar com questões qualitativas como, sua preocupação em entender para quem o currículo trabalha e como fazê-lo trabalhar a favor dos grupos oprimidos. Também, não se enfatizava os objetivos comportamentais e sim as análises das relações entre o currículo e sociedade, poder, ideologia e controle social. Vale ressaltar, que todas essas relações estão intimamente ligadas e são tratadas no livro detalhadamente. Vale a pena ler!!!

Citações:
“A ideologia é um dos meios pelos quais a linguagem constitui, produz, o mundo social de uma certa forma.” (p.24).

“O currículo é, assim, um terreno de produção e de política cultural, no qual os materiais existentes funcionam como matéria-prima de criação, recriação e, sobretudo, de contestação e transgressão.” (p. 28).

“Na visão crítica, o poder se manifesta através das linhas divisórias que separam os diferentes grupos sociais em termos de classe, etnia, gênero, etc. Essas divisões constituem tanto a origem quanto o resultado de relações de poder. É nessa perspectiva que o currículo está centralmente envolvido em relações de poder.” (p. 29)

[...] Enquanto não levarmos a sério a intensidade do envolvimento da educação com o mundo real das alternantes e desiguais relações de poder, estaremos vivendo em um mundo divorciado da realidade. As teorias diretrizes e práticas envolvidas na educação não são técnicas. São intrinsecamente éticas e políticas. (p.41) 

Considerações do pesquisador:
Este livro apresenta as ideias centrais do desenvolvimento e emergência do currículo. Assim, é uma  fonte para embasar as discussões sobre currículo, pois trata principalmente das relações entre currículo e poder, cultura, ideologia.

Indicação da obra: A todas as pessoas interessadas em currículo. 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Documento da Unesco

Acessem o link http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001922/192271por.pdf e fiquem por dentro da proposta para Ensino Médio!  

As escolas de hoje limitam a criatividade infantil?


Nesse vídeo Severino Antonio e Katia Tavares falam sobre a modelagem dos alunos que são realizadas nas escolas atualmente. O modelo objetivado pelas escolas é a de um aluno passivo, obediente, que não questiona nada. O currículo é o meio que podemos utilizar para quebrar esse modelo. Vamos assistir ao vídeo? 

Contagie-me


terça-feira, 4 de junho de 2013

Currículo & Trabalho & Conhecimento


Esse texto visa apresentar algumas ideias sobre a relação entre currículo, trabalho e conhecimento. Assumo que me sinto pouco a vontade em escrever sobre este tema, pois acredito que preciso de mais conhecimento sobre essa relação. Mas, vamos lá!
Atualmente há uma mobilização do governo para que o ensino médio se torne profissionalizante, ou seja, que seu “currículo” (matriz curricular), também, seja voltado para a formação de profissionais. Pois, é entendido que o trabalho é inerente ao ser humano para que, assim, possa atuar sobre a sua realidade. Em síntese, ao meu ver, o aluno sairia do ensino médio pronto para o mercado de trabalho.
 No entanto, me questiono se esse “currículo” vai oferecer a mesma oportunidade aos alunos que gostariam de ingressar em um curso superior, ou estes terão que migrar para escola particular para poderem alcançar seu objetivo. Pelo fato de determinados conteúdo acabarem sendo privilegiados em detrimento de outros. Será que ao optar por uma formação pautada no trabalho, não caiamos no entendimento que o conhecimento necessário é só aquele que é utilizado na prática.
Mas tudo isso citado no parágrafo anterior já não acontece em nossas escolas? Até onde eu conheço sim! Então o “currículo” vai ser sempre exclusório, privilegiando o que os poderosos entendem ser interessante para a camada popular saber?
Entendo que nesse ponto entra o papel do professor, com toda a sua reflexão sobre essas propostas, sua resistência aos aspectos que discorda, com sua vontade de oferecer aos seus alunos igualdade de oportunidade e meios para que eles alcancem seus objetivos, seja para trabalhar após o ensino básico ou o ingresso em um curso superior. Assim, a prática docente em sala de aula é de suma importância!
Entretanto, não podemos endeusar a profissão de professor, pois ele precisa do apoio da direção escolar, do governo, dos pais de alunos e condições de trabalho digna, como uma infraestrutura escolar adequada, material, entre outros, para realizar seu trabalho com eficiência.
Diante de todas essas considerações, tornar-se mais difícil prever o que irá acontecer com o currículo, trabalho e conhecimento ao serem entrelaçados. Espero que essa proposta venha contribuir com o trabalho do professor e com uma formação que possibilite o aluno a escolher seu caminho.
O link a seguir traz a proposta do governo para uma educação profissionalizante: http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/documento_base.pdf.
                                               
OBS.: Não sei se esse arquivo é atual, pode ter outros mais recentes.  

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Quem defende o PCN para o Ensino Médio?


Esse fichamento foi realizado por mim e minha colega Pollyanna!!

Tipo: artigo
Assunto / tema: Educação
Referência bibliográfica: LOPES, A. C. Quem defende o PCN para o Ensino Médio? In: LOPES, A. C.; MACEDO, E. (Org.). Políticas de Currículo em múltiplos contextos. São Paulo: Cortez, 2006 (Série Cultura, Memória e Currículo, vol.7). p. 126-157.  

Resumo / conteúdo de interesse:
A autora inicia esse texto discutindo sobre os projetos de currículo nacional que foram desenvolvidos em vários países, dentre eles, a Inglaterra, Nova Zelândia, Austrália e Espanha (esse último influenciou diretamente a reforma educacional brasileira), Brasil. O texto apresenta uma crítica sobre o currículo nacional, pois as reformas curriculares impuseram a seleção de uma cultura comum e um conjunto de ações vinculadas às necessidades do mercado produtivo. Também, são expostas as ideias de Michael Apple e Gimeno Sacristan, na qual defendem que reforma deveria produzir emancipação das pessoas.  Além disso, a autora destaca que mesmo havendo um projeto de currículo global, as políticas que se voltam para tal aspecto tiveram que considerar as concepções locais, gerando uma heterogeneidade de orientações curriculares nos diferentes países. A heterogeneidade é uma das marcas do processo, no entanto, ainda busca-se um consenso sobre a finalidade e os interesses que deveram ser utilizado como forma de ampliar a regulação da cultura. Nesse sentido, Lopes enfatiza tal regulação da cultura são desejáveis pelas ações governamentais, que consideram essencial para a produção do currículo nas escolas. Ainda, assim, existem varias interpretações práticas de tais políticas, gerando uma pluralidade de leitura. O currículo nacional permanece porque há um interesse de uma comunidade epistêmica, formada por pessoas que são entendidas do assunto. Em políticas de currículo essa comunidade é formada por consultores internacionais, políticos, empresários, administradores, produtores de livros que têm uma visão da globalização e das necessidades da sociedade e as tendências do mercado de trabalho. Há interesses por parte dessa comunidade em manter ou modificar o currículo e eles têm poder de favorecer determinados cursos, concepções, visões de mundo, critérios de avaliação, crenças e projetos políticos para solucionar problemas vivenciados socialmente. Eles promovem debates de diversos gêneros e depois divulgam os resultados. É o caso do “Relatório Delors”, produzido pela UNESCO. Pensando em globalização, há uma possibilidade do Mercosul integrar as propostas curriculares. Mas, é necessário entender que as políticas não se desenvolvem da mesma maneira em diferentes países. Portanto, as soluções encontradas são e serão diferentes.

Citações:
1.     “Definir uma cultura como comum é pretender uma homogeneidade que mascara e silencia as diferenças.” (p.138).
2.     “Optar por uma organização curricular e uma seleção de conteúdos, por maior que seja o debate em torno de sua definição, é pressupor que existe apenas um caminho ou que há um caminho melhor, consensual, para as lutas políticas em torno da produção de significados e de sentidos nas práticas sociais.” (p.140).
3.     “No caso particular das políticas de currículo os integrante de uma comunidade epistêmica global são consultores internacionais atuante nos governos e/ou nas agencias de fomento, produtores de livros e documentos que analisam a situação educacional dos países e propõem soluções, empresários que discutem questões relativas aos conhecimentos da escola.” (p. 145).
4.     “(...) readequação desse nível de ensino ao mercado de trabalho (...).” (p.146)
5.     “(...) as políticas não se desenvolvem da mesma maneira em diferentes países (...)”. (p. 147)

Considerações do pesquisador:
Nós entendemos como ponto principal nesse texto a imutabilidade do currículo quanto à finalidade de formar os cidadãos para o mercado de trabalho. Contrariando a proposta de unificação dos currículos que possui finalidade e objetivos distintos do apresentado acima. Esta proposta visa (pelo menos no papel) uma formação holística dos alunos. Além disso, gostaríamos de destacar que há uma preocupação com as políticas educacionais no mundo globalizado, procurando integração dos currículos de diversos países. No entanto, não é considerada a individualidade cultural, gerando uma interpretação e execução do currículo diferente em cada local.

Indicação da obra: Pesquisadores e estudante de Propostas curriculares. 

Muitas reflexões com um simples bolo!!

Time is honey

Poucas coisas neste mundo são mais tristes do que um bolo industrializado. Ali no supermercado, diante da embalagem plástica histericamente colorida, suspiro e penso: estamos perdidos. Bolo industrializado é como amor de prostituta, feliz natal de caixa automático, bom dia da Blockbuster. É um anti-bolo. Não discuto aqui o gosto, a textura, a qualidade ou abundância do recheio de baunilha, chocolate ou qualquer outro sabor. (O capitalismo, quando se mete a fazer alguma coisa, faz muito bem feito). O problema não é de paladar, meu caro, é uma questão de princípios. Acredito que o mercado de fato melhore muitas coisas. Podem privatizar a telefonia, as estradas, as siderúrgicas. Mas não toquem no bolo! Ele não precisa de eficiência. Ele é o exemplo, talvez anacrônico, de um tempo que não é dinheiro. Um tempo íntimo, vagaroso, inútil, em que um momento pode ser vivido no presente, pelo que ele tem ali, e não como meio para, com o objetivo de. Engana-se quem pensa que o bolo é um alimento. Nada disso. Alimento é carboidrato, é proteína, é vitamina, é o que a gente come para continuar em pé, para ir trabalhar e pagar as contas. Bolo não. É uma demonstração de carinho de uma pessoa a outra. É um mimo de avó. Um acontecimento inesperado que irrompe no meio da tarde, alardeando seu cheiro do forno para a casa, da casa para a rua e da rua para o mundo. É o que a gente come só para matar a vontade, para ficar feliz, é um elogio ao supérfluo, à graça, à alegria de estarmos vivos. A minha geração talvez seja a primeira que pôde crescer e tornar-se adulto sem saber fritar um bife. O mercado (tanto com m maiúsculo como minúsculo) nos oferece saladas lavadas, pratos congelados, comida desidratada, self-services e deliverys. Cortar, refogar, assar e fritar são verbos pretéritos. Se você acha que é tudo bem, o problema é seu. Eu vou espernear o quanto puder. Se entregarmos até o bolo aos códigos de barras, estaremos abrindo mão de vez da autonomia, da liberdade, do que temos de mais profundamente humano. Porque o próximo passo será privatizar as avós, estatizar a poesia, plastificar o amor, desidratar o mar e diagramar as nuvens.
Tô fora.
(Antonio Prata)

Algumas considerações sobre o livro "Pedagogia da Autonomia"

Tipo: Livro
Assunto / tema: Educação

Referência bibliográfica: FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

Resumo / conteúdo de interesse:
O livro é dividido em três capítulos. O primeiro deles, intitulado “Não há docência sem discência”, é dedicado a criticar o ensino na forma tradicional, ou seja, um ensino com alunos passivos, sem conhecimentos anteriores, com professores autoritários que não incentivam a criatividade e a crítica, entre outros aspectos. Assim, Freire aponta nesse capítulo que a pedagogia adotada pelo docente deve ser pautada na ética, no respeito, na dignidade e na autonomia do educando.  O segundo capítulo,Ensinar não é transferir conhecimento”, vêm reforçar os aspectos da prática do professor, dizendo que o ato de ensinar não se resume em transferir conhecimentos aos alunos, mas em criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.  Esta maneira de compreender o ato de ensinar, segundo freire, é uma postura exigente, difícil, que temos de assumir diante dos outros e com os outros, com relação ao mundo e aos fatos, diante nós mesmos. Tendo no pensamento que as pessoas, em especial, os educandos não são tabuas rasas a serem preenchidas. O último tema, “Ensinar é uma especificidade humana”, relata sobre a autoridade e segurança. Segurança esta que é condicionada pelas atitudes do professor que deve buscar sua preparação, com relação aos conteúdos, para a aula. O respeito deve permear as relações existentes em sala de aula assim como a generosidade, humildade e justiça. A arrogância e o mandonismo devem ser excluídos da prática docente já que em nada contribuem.  A autoridade coerentemente democrática dá espaço a ética e a liberdade. Sua prática contribui para a construção da autonomia do educando.

Citações:                                                           
1. “O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão.” (Pág. 14).
2. “Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mais criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” (Pág. 27).
3. O que quero dizer é o seguinte: Não devo pensar apenas sobre os conteúdos programáticos que vem sendo exposto ou discutido pelos professores das diferentes disciplinas, mas, o mesmo tempo, a maneira mais aberta, dialógica, ou mais fechada, autoritária, com que este ou aquele professor ensina. (Pág. 55).
4. O que quero dizer é que a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor. (Pág. 56).
5. “Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância e se não supero permanentemente a minha.” (Pág. 59).

Considerações do pesquisador:
Essa obra aborda a educação como um todo, trazendo a tona questões relativas à Autonomia do educando, Dialogicidade, a Curiosidade epistemológica, Autoridade,  Consciência crítica, Mediação. Refletir sobre esses conceitos, possibilita uma práxis que busque entender o aluno como agente ativo da construção do conhecimento adquirido!

Indicação da obra: Professores, Alunos de Licenciatura e Pesquisadores.  



Que obra de arte!!!


Desenho foi confeccionado pela nossa colega Glenia, com base em nossos desenhos realizados na disciplina Tendências Contemporâneas do Currículo ministrada pela Professora Rita Stano. Resumo do que foi discutido em aula. 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Resumindo conceitos


Para visualizar o esquema clique na imagem!!

Comparações sobre a pipoca e o currículo


Quando me deparei com o texto “A pipoca” de Rubens Alves realizei varias reflexões, mas aqui restringirei a apresentar algumas considerações com relação ao currículo.
Entendo que o currículo seria a transformação do milho em pipoca. Pelo fato do mesmo estar sempre em modificação, dependo dos interesses da época que está inserido, ou seja, do fogo!! O currículo já se modificou muito, tendo na maioria das vezes como o “fogo” os interesses e modelos econômicos, como no caso do neo-liberalismo.
Além disso, nós os professores podemos ser o fogo na mudança do currículo que nos é apresentado (muitas vezes imposto). Essa mudança acontece quando colocamos em prática os atos curriculares.  Quando trabalhamos os conteúdos com alegria, competência, paciência, metodologias que possibilitam o aprendizado dos alunos, bem como, quando somos estimuladores de nossos colegas de profissão que ainda são milhos.
No entanto, quando nós, os professores, recuamos nossa práxis, nossa possibilidade de fazer diferente no currículo, estamos nos comportando como piruás, que se recusam a estourar e continuam na mesmice sem fazermos a diferença.
Assim, encerro minhas considerações ressaltando um trecho do texto para que possamos pensar se queremos ser pipocas ou piruás para o currículo:
O destino delas (os piruás) é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo a panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo. Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...   

quinta-feira, 18 de abril de 2013

A pipoca que somos - Rubens Alves


Para descontrair!!!!!


Um único currículo???


Dando continuidade a esse diário venho contar alguns apontamentos realizados na aula do dia 05/04/2013. Esta aula foi dedicada à apresentação dos textos: “Há polissemia?” de Roberto Sidnei Macedo e “Entre o mito do ‘bom selvagem’ e o processo da Educação racional, na interligação do currículo com as finalidades educativas” do autor Lino Moreira da Silva. Vale ressaltar, que ambos os textos deveriam ser relacionado com o vídeo “Os perigos de uma história única” da historiadora Chimamanda Adichie.
O primeiro texto foi apresentado pelas colegas Rosana e Gleina, que colocaram em discussão a exclusão das minorias, em especial, os portadores de alguma deficiência. Tal exclusão está muitas vezes relacionada com a proposta de um currículo único.
Com essa conversa em sala e o vídeo em mente refleti a respeito dos problemas que existem em possuir uma única visão sobre qualquer aspecto, em particular, sobre um único currículo. Principalmente, porque somos todos diferentes, com especificidades distintas. E também como Chimamanda Adichie em seu vídeo diz: “A única história cria estereótipos e o problema com estereótipos não é que eles sejam mentira, mas que eles sejam incompletos.”.
 Já o segundo texto foi discutido pelos colegas Lourdes, Dessano e Pollyanna. E continuando a discussão anterior, apresentaram a importante dos atos curriculares diante desse contexto de unificação do currículo. Pois, são nos atos curriculares que conseguiríamos trabalhar as diferenças dos nossos alunos. Por outro lado, os atos curriculares correm o risco de também contar uma histórica única, uma vez que é constituído pelas nossas concepções.
Assim, encerro me questionando sobre até que ponto as diferenças devem ser ressaltadas no currículo. Opss... vale ressaltar que para ter acesso as resenhas dos textos entrem nos links:




Os perigos de uma história única


sexta-feira, 5 de abril de 2013

Conversa sobre currículo


Quando fizemos a leitura do texto proposto “Começando uma conversa sobre currículo” de Moreira e Garcia ficamos a refletir qual seria a melhor forma de se pensar sobre currículo. Uma vez que se pensássemos nele como algo extenso e abrangente poderíamos cometer o erro de não sabermos o que de fato estamos tratando, no entanto, se pensarmos nele de maneira estrita corremos o risco de nos especificarmos demais em uma determinada área em detrimento de outras. Seja qual fosse a opção escolhida parecia não haver uma decisão acertada, uma vez que para ser específico é preciso, a priori, conhecer o geral, ter uma visão ampla. E, para se ter uma visão geral é preciso saber especificidades.
No entanto, quando assistimos a belíssima história que Chimamanda Adichie nos traz sobre suas experiências de vida, sobre como é extremamente perigoso conhecermos apenas uma história de uma determinada pessoa ou assunto, ficamos a nos perguntar.... Como sermos geral sem sermos superficiais? Como sermos específicos sem sermos caricaturistas? Como falar das partes sem conhecer o todo? Como conhecer o todo sem se perder? Como dizer o que deve ser feito sem ao menos ter vivido, nem em parte? Enfim, são muitos os questionamentos que se mostram e quase nenhuma resposta.
Há ainda de se refletir o poder embutido nessas relações, pois quando rotulamos um povo, um aluno, um país, uma raça ou até mesmo uma disciplina estamos delegando à ela poder ou não. Estamos hierarquizando.  Estamos tolhendo oportunidades ou proporcionando-as. Estamos escolhendo! Estamos “curriculando”.....
Chegamos ao término dessa reflexão com a sensação de termos acabado de ler o belíssimo texto de Cecília Meireles “Ou Isto Ou Aquilo” e, ao impasse que se apresenta nada mais nos resta do que buscarmos concepções contemporâneas de currículo.


sexta-feira, 22 de março de 2013

Alguns aspectos do Currículo


Inicio esse diário com o relato da primeira aula da disciplina Tendências Contemporânea de Currículo. Tal aula aconteceu no dia 15/03/2013, sendo trabalhado o texto intitulado Nasce os "estudos sobre currículo": as teorias tradicionais.
Para começarmos as discussões em sala a professora nos questionou sobre o que seria currículo. Através, desse questionamento algumas palavras sugiram para relatar o que eu e meus colegas pensávamos sobre o assunto, como, conhecimento, domínio de um assunto, entendimento do funcionamento, agregar informações novas, reconhecer, associar, memorizar, construir significados, valores.
No entanto, essa ideia de currículo apresentado estava muito centrada no conteúdo programático, desconsiderando muitas vezes o que está oculto nas escolhas desses conteúdos, bem como, os demais aspectos que fazem parte das vivências escolares. Além disso, sem pensar nas várias formas existentes de conhecimento, como o mitológico, filosófico, senso-comum, artístico, religioso e científico.
Por conta disso, a aula foi conduzida de tal forma que pudéssemos compreender o currículo como uma trajetória, um caminho, uma errância, que possui dimensões políticas, epistêmicas, histórias, culturais e econômicas. E compreende-lo dessa forma é considerar todas as atividades que são organizadas, envolvidas e desenvolvidas com objetivo de proporcionar uma formação, sendo elas ocultas ou não (atos curriculares). Para tanto, se torna necessário uma prática que seja acompanhada da reflexão, que é práxis, para que consigamos alcançar os objetivos do currículo.
Assim, se encerra essa aula que me trouxe muitos questionamentos e dúvidas.