Assunto / tema: Educação
Referência bibliográfica: FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes
Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
Resumo / conteúdo de
interesse:
O
livro é dividido em três capítulos. O primeiro deles, intitulado “Não há
docência sem discência”, é dedicado a criticar o ensino na forma tradicional,
ou seja, um ensino com alunos passivos, sem conhecimentos anteriores, com
professores autoritários que não incentivam a criatividade e a crítica, entre
outros aspectos. Assim, Freire aponta nesse capítulo que a pedagogia adotada
pelo docente deve ser pautada na ética, no respeito, na dignidade e na
autonomia do educando. O segundo
capítulo, “Ensinar não é transferir conhecimento”,
vêm reforçar os aspectos da prática do professor, dizendo que o ato de ensinar
não se resume em transferir conhecimentos aos alunos, mas em criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Esta maneira de compreender o ato de ensinar,
segundo freire, é uma postura exigente, difícil, que temos de assumir diante
dos outros e com os outros, com relação ao mundo e aos fatos, diante nós
mesmos. Tendo no pensamento que as pessoas, em especial, os educandos não são
tabuas rasas a serem preenchidas. O último tema, “Ensinar é uma especificidade
humana”, relata sobre a autoridade e segurança. Segurança esta que é condicionada pelas atitudes do
professor que deve buscar sua preparação, com relação aos conteúdos, para a
aula. O respeito deve permear
as relações existentes em sala de aula assim como a generosidade, humildade e
justiça. A arrogância e o mandonismo devem ser excluídos da prática docente já
que em nada contribuem. A autoridade
coerentemente democrática dá espaço a ética e a liberdade. Sua prática
contribui para a construção da autonomia do educando.
Citações:
1. “O educador democrático não pode
negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do
educando, sua curiosidade, sua insubmissão.” (Pág. 14).
2.
“Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mais criar as possibilidades
para a sua própria produção ou a sua construção.” (Pág. 27).
3.
O que quero dizer é o seguinte: Não devo pensar apenas sobre os conteúdos
programáticos que vem sendo exposto ou discutido pelos professores das
diferentes disciplinas, mas, o mesmo tempo, a maneira mais aberta, dialógica,
ou mais fechada, autoritária, com que este ou aquele professor ensina. (Pág.
55).
4.
O que quero dizer é que a incompetência profissional desqualifica a autoridade
do professor. (Pág. 56).
5.
“Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância e
se não supero permanentemente a minha.” (Pág. 59).
Considerações do
pesquisador:
Essa
obra aborda a educação como um todo, trazendo a tona questões relativas à Autonomia
do educando, Dialogicidade, a Curiosidade epistemológica, Autoridade,
Consciência crítica, Mediação. Refletir sobre esses conceitos, possibilita uma práxis
que busque entender o aluno como agente ativo da construção do conhecimento adquirido!
Indicação da obra: Professores, Alunos de
Licenciatura e Pesquisadores.
O resumo do livro de Freire está objetivo, porém tal objetividade resultou em algumas categorias freireanas importantes que não foram contempladas no registro da leitura feita.
ResponderExcluirConcordo plenamente. Estão faltando categorias no fichamento, mas tentei trazer no meu fichamento aquelas categorias que mais foram significativas para mim durante a leitura do texto. No entanto, tenho consciência das demais, uma fez que todas foram discutidas em sala de maneira bem esclarecedora. E se hoje fosse refazer esse fichamento ressaltaria outras.
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