quarta-feira, 22 de maio de 2013

Algumas considerações sobre o livro "Pedagogia da Autonomia"

Tipo: Livro
Assunto / tema: Educação

Referência bibliográfica: FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

Resumo / conteúdo de interesse:
O livro é dividido em três capítulos. O primeiro deles, intitulado “Não há docência sem discência”, é dedicado a criticar o ensino na forma tradicional, ou seja, um ensino com alunos passivos, sem conhecimentos anteriores, com professores autoritários que não incentivam a criatividade e a crítica, entre outros aspectos. Assim, Freire aponta nesse capítulo que a pedagogia adotada pelo docente deve ser pautada na ética, no respeito, na dignidade e na autonomia do educando.  O segundo capítulo,Ensinar não é transferir conhecimento”, vêm reforçar os aspectos da prática do professor, dizendo que o ato de ensinar não se resume em transferir conhecimentos aos alunos, mas em criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.  Esta maneira de compreender o ato de ensinar, segundo freire, é uma postura exigente, difícil, que temos de assumir diante dos outros e com os outros, com relação ao mundo e aos fatos, diante nós mesmos. Tendo no pensamento que as pessoas, em especial, os educandos não são tabuas rasas a serem preenchidas. O último tema, “Ensinar é uma especificidade humana”, relata sobre a autoridade e segurança. Segurança esta que é condicionada pelas atitudes do professor que deve buscar sua preparação, com relação aos conteúdos, para a aula. O respeito deve permear as relações existentes em sala de aula assim como a generosidade, humildade e justiça. A arrogância e o mandonismo devem ser excluídos da prática docente já que em nada contribuem.  A autoridade coerentemente democrática dá espaço a ética e a liberdade. Sua prática contribui para a construção da autonomia do educando.

Citações:                                                           
1. “O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão.” (Pág. 14).
2. “Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mais criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” (Pág. 27).
3. O que quero dizer é o seguinte: Não devo pensar apenas sobre os conteúdos programáticos que vem sendo exposto ou discutido pelos professores das diferentes disciplinas, mas, o mesmo tempo, a maneira mais aberta, dialógica, ou mais fechada, autoritária, com que este ou aquele professor ensina. (Pág. 55).
4. O que quero dizer é que a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor. (Pág. 56).
5. “Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância e se não supero permanentemente a minha.” (Pág. 59).

Considerações do pesquisador:
Essa obra aborda a educação como um todo, trazendo a tona questões relativas à Autonomia do educando, Dialogicidade, a Curiosidade epistemológica, Autoridade,  Consciência crítica, Mediação. Refletir sobre esses conceitos, possibilita uma práxis que busque entender o aluno como agente ativo da construção do conhecimento adquirido!

Indicação da obra: Professores, Alunos de Licenciatura e Pesquisadores.  



2 comentários:

  1. O resumo do livro de Freire está objetivo, porém tal objetividade resultou em algumas categorias freireanas importantes que não foram contempladas no registro da leitura feita.

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    1. Concordo plenamente. Estão faltando categorias no fichamento, mas tentei trazer no meu fichamento aquelas categorias que mais foram significativas para mim durante a leitura do texto. No entanto, tenho consciência das demais, uma fez que todas foram discutidas em sala de maneira bem esclarecedora. E se hoje fosse refazer esse fichamento ressaltaria outras.

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